domingo, 10 de julho de 2011

O adeus ao "velho blog"

Por razões que se prendem com a segurança do acesso a este blog que vi algo comprometida, resolvi encerrá-lo.

Em sua substituição e porque não consigo estar calado, abri um novo blog que irá substituir este sem perder o tópico principal, o Karaté, mas divagando também por outros tópicos sempre que se ache necessário.

O novo blog dá pelo nome de GOJU-ZANSHIN-PORTUGAL e convido-os à sua visita, continuando aberto a todos os comentários que achem por bem fazer.

Tudo se manterá igual à excepção do endereço.

Um abraço a todos!

José Ramalho

Nota: Aqueles que têm a cortesia de mencionar o endereço do meu blog no seu site ou blog, agradeço que alterem o endereço para o novo.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Sarau Anual do Real Sport Clube




Como acontece todos os anos, o Sarau é o culminar de uma época desportiva de trabalho e empenhamento de todos. A classe de Karate esteve presente com a sua demonstração onde foi exibida a perícia dos praticantes e a sua técnica adquirida.

Estivemos à altura do acontecimento e apresentou-se um espectáculo rico em Kata e aplicações, sequências técnicas de Kihon e combinações de técnicas de Defesa Pessoal em grupos.

Bom trabalho! Obrigado a todos os que participaram e aos familiares dos Karatekas que assistiram e aplaudiram o nosso trabalho.

domingo, 12 de junho de 2011

"Nova" ANTK

Foi ontem realizada no Centro de Alto Rendimento do Jamor, a Assembleia Geral da ANTK (Associação Nacional de Treinadores de Karate).
Com algum atraso no seu início, a Assembleia asrrancou e a direcção cessante reconheceu publicamente a sua dificuldade em conduzir esta associação deixando estagnar e entrar em perfeita letargia durante alguns anos.
Com o apoio unânime da Assembleia foi, a nova direcção, incumbida de conduzir os destinos da ANTK tendo sido assumido o compromisso de não repetir os erros passados e tornar esta Associação no verdadeiro órgão representativo dos Treinadores de Karate sempre em sintonia com a FNK-P.
Foram assumidos os erros, foram assumidos compromissos e, acredito que com a ajuda de todos, esta será, sem dúvida uma grande Associação.
Estamos todos de parabéns pela forma ordeira e civilizada como decorreu esta Assembleia e também pela perspectiva de bom trabalho que se irá, certamente, realizar.

Ficam assim constituídos os cargos directivos da ANTK:

José Patrão - Presidente da Mesa da Assembleia Geral
Bruno Rosa - Vice-Presidente
Ana Paula Matias - Secretária

Direcção:

Presidente - Abel figueiredo
João Dias - Vice-Presidente
Joaquim Gonçalves - Tesoureiro

Conselho Fiscal:

José Melo - Presidente
António Caeiros - Vice-Presidente
João Ramalho - Vogal

Desejamos à nova Direcção da ANTK as maiores felicidades!



sábado, 11 de junho de 2011

Assembleia da ANTK

Ao que parece, realiza-se hoje a Assembleia Geral da "moribunda" ANTK (Associação Nacional de Treinadores de Karate).
Há muito tempo em "coma profundo", esta Associação espera agora revitalizar-se para cumprir o seu propósito: Representar e defender os Treinadores de Karate deste "cantinho" à beira mar plantado.

Como Treinador da Kaizen e da FNK-P, lá estarei.

Nestas coisas entendo que se deve dar força à vontade porque só com estas duas características é possível fazer alguma coisa.

Depois digo qualquer coisa....

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Portugal moribundo...


Estou a perder a confiança. A confiança nos "governos", a confiança nos políticos que orbitam à volta do dinheiro e que, quando deixam os cargos, ficam com gordas contas bancárias em paraísos fiscais.


Estou farto de arcar com a responsabilidade e as consequências de actos políticos desastrosos e depois ver quem os cometeu saír ileso e continuar a auferir vencimentos obscenos pagos por mim e por todos aqueles que não podem fugir à enorme carga fiscal.


Estou desiludido com a autoproclamada "raça lusitana" (na qual me insiro) que age como as reses que caminham para o abate - cabisbaixa e resignada. Quando ouço falar no "orgulho nacional" fico a pensar a que orgulho nos referimos - o orgulho de sermos o ultimo País da Europa, o orgulho de devermos dinheiro que, muito provavelmente não conseguiremos pagar, o orgulho de entrar num hipermercado e preferir os produtos espanhóis "porque são melhores e mais baratos". O orgulho de "oferecermos" o Rendimento Social de Inserção quase indiscriminadamente protegendo uma camada da população que não quer trabalhar (embora seja necessário para aliviar situações de verdadeira miséria mas que tem de ser comprovada).

Estou farto de ver sucessivos governos esbanjarem dinheiro como se fossemos o mais abastado país da Europa e desfalcarem um estado que já só com balões de soro é que tem aguentado.

Apelamos à compreensão e à ajuda externa mas passamos uma imagem de abastança. Apesar de uma crise instalada e grave, milhares de portugueses deslocaram-se a Dublin para assistir a um jogo de futebol. Os concertos musicais (alguns bem caros) esgotam em segundos e eu não consigo entender... de onde vem tanto dinheiro?

Os rectângulos de plástico que os bancos nos enfiam pela boca abaixo deixam famílias atoladas em créditos que não vão conseguir pagar, iludidas com a facilidade de compra de bens que não precisam e até... férias! Como é possível que as cabecinhas de alguns portugueses os deixem atolar em dívidas astronómicas para terem um mês de férias "à grande"?

Para férias??? Ao que é que chegámos? E são estas mesmas pessoas que se insurgem contra o aumento de 3 cêntimos nos bens de consumo diário...

Estou desiludido com a raça lusa. Sempre que vou ao Facebook vejo grupos de apoio a Portugal e a apelar ao patriotismo. É bonito, mas é com atitudes de esbanjamento e ostentação que lá vamos? Penso que não.
Todos os dias me desloco de comboio para o emprego. Deixo o carro em casa e vou de transportes. É cómodo, económico e rápido. Não consigo entender a "carrada" de carros que entopem os nossos acessos a Lisboa que, em marcha de pára-arranca consomem litros de combustível caríssimo para depois passarem o dia estacionados à porta do emprego a consumir parquímetro. Depois vejo os utilizadores destes veículos à hora do almoço a comerem uma sandes e uma sopa para poupar... que prioridades são estas???

Tem de ser feita alguma coisa para mudar. Mudar atitudes, mudar rotinas políticas, MUDAR! Radicalmente. Alguma coisa tem de ser feita. Estamos no fundo e estamos a ignorar este facto. Foi muito bonito o vídeo feito para chamar a atenção da Finlândia e até temos razão em algumas coisas mas será que estamos todos inocentes com a "desgraça que se abateu sobre Portugal?" Será que não somos todos culpados de levar vidas além das nossas posses e de tentar dar uma imagem de abastança que não temos?

Estou na fase final da minha vida profissional (ou pelo menos pensava que estava) e temo seriamente pelo futuro da classe jovem deste País. Construir vida numa terra que não tem forma de apoiar os seus jovens vai ser duro. Acredito que a vontade de mudar venha dos jovens mas eles têm de tomar consciência das medidas duras que vão ser tomadas e sair da letargia sistemática e do conformismo nacional.

Tenho muito receio que o dinheiro que Portugal vai receber para se recuperar seja mal utilizado. Temo pela incapacidade da classe política que nos vai governar em gerir honesta e racionalmente esse dinheiro que vai ser pago muito caro por mim e todos os outros portugueses que vivem do seu trabalho.

Temos de ser produtivos? Onde??? Na agricultura e pescas? Não pode ser porque destruímos a capacidade de subsistência de ambos os sectores. No comércio? Onde? O comércio tradicional português está morto ou moribundo, situação que se vai agravar com a baixa do poder de compra. Na indústria? de quê? A quantidade de fábricas a fechar é assustadora gerando a maior fatia do desemprego!

Os debates televisivos entre os candidatos ao governo são um descalabro. Existe uma preocupação doentia na agressão verbal que impede a união imprescindível para tirar o país desta situação grave. Estamos a dias das eleições e não sei em quem votar... é verdade. São sempre os mesmos protagonistas da mesma novela cujo final não é nunca, feliz.

Portugal está a desmembrar-se e temo que a Nação Valente de Alfredo Keil seja transformada em Nação Decadente...

Pessimismo ou realismo? Vamos ver!

Nota do Autor:
A temática habitual deste Blog prende-se com o Karate e actividades relacionadas onde a presente postagem não se insere. Resolvi fazer aqui esta reflexão porque ela representa a minha forma pessoal de encarar a grave situação em que estamos e que a todos afecta. O sector do Desporto será um dos mais afectados por esta crise porque é aqui que se entende ser "mais fácil cortar nas despesas", logo não foge a este estado de coisas. Pode parecer uma visão algo pessimista e radical mas é garantidamente, a minha posição pessoal.
Saudações a todos!





sexta-feira, 6 de maio de 2011

O "tabu" da competição.

Ao longo da minha vida tenho tomado posições, fruto das minhas fortes convicções, que têm ditado a minha conduta. Sou treinador (ou instrutor, como queiram) de karate há alguns anos. Pela minha mão têm passado muitos karatekas.
Todos aqueles que iniciam a sua carreira no karate desconhecem o que vão encontrar. As motivações para a procura desta disciplina são diversas: Uns querem aprender a defender-se, outros querem ganhar autoconfiança e disciplina, outros ainda querem praticar um desporto que gostam.
Na minha "escola" aprende-se karate não-competitivo. Não só não estou vocacionado para ensinar esta parte do karate, como não gosto! Sou muitas vezes confrontado com a questão da "obrigatoriedade" de ensinar competição. Simplesmente não existe essa obrigatoriedade porque é uma opção. Quem treina comigo sabe disso. Se impeço alguém de o fazer? Claro que não! Não só não impeço como recomendo a quem goste da competição e queira fazer dela o seu treino diário, que treine com outro instrutor. É uma opção. Não estou em "guerra" com a competição, aliás participo em algumas tanto na organização como treinador - ocasionalmente. Não quero nem vou dedicar grande parte do meu trabalho à competição porque, para mim, não é karate na sua essência. Têm dúvidas do que digo? então assistam à execução de uma kata de competição e depois de uma kata executada com forma tradicional. As diferenças são abismais. Começa pela intenção da execução (treinar para o ponto é diferente de treinar para a eficácia) e passa pelos truques de execução para "embelezar" a forma. No kumite temos outro problema: Levo a vida inteira a ensinar a correcta execução de um Shuto, de um Nukite, de uma chave de imobilização, de um estangulamento controlado etc... para depois dizer a um karateka - Esquece aquilo que treinaste porque aqui só fazes gyaku-tsuki, mae-geri, mawashi-geri e pouco mais.
Se concordo com a competição? Concordo, sim senhor - por curtos períodos da vida do karateka. É uma fase importante nas suas vidas. Essencial? Não, não acho que seja. Tenho vários Dan´s no meu Dojo. Todos fizeram exame de graduação orientados por mestres de incontestável competência. Todos foram aprovados sem problemas e alguns sem terem sequer passado pela competição.
Não entendo porque é que causa tanto transtorno a algumas pessoas quando digo que não gosto de competição.
Há algum tempo, em conversa com um amigo de longa data, caiu-se no tema da religião e da sua importância na vida das pessoas. Ao confessar-lhe que não sou adepto de nenhuma religião, o homem transformou-se. A conversa daí para a frente tomou um rumo completamente diferente. A todo o custo tentou converter-me alegando todo o tipo de "razões". Continuei dizendo-lhe que, a minha convicção era aquela mas que respeitava integralmente a sua opção religiosa, disse-lhe inclusive que reconhecia na sua religião (tanto como na maioria delas) algumas virtudes, mas que eu... não tinha opção religiosa, como não tenho. O que me chocou foi a falta de abertura daquele indivíduo que não aceitou de forma alguma o facto de não ter religião. A sua atitude mudou completamente ficando inclusivamente chocado por não ter dado educação religiosa aos meus filhos, o que é verdade, mas também é verdade que nunca os impedi de a ter. Tive dificuldade em fazer-lhe compreender que, ser ateu não é ser contra qualquer religião... é simplesmente não se rever nela.
Isto é um pouco similar com o que se passa quando manifesto o minha pouca afinidade com a competição.
Na meu post anterior só referi o assunto para explicar a "utilidade" da Federação, e volto a dizê-lo: tirando o seguro desportivo e a necessidade de Cursos de Treinador... não, não vejo mais nada. Gostaria que a federação me fizesse mudar de opinião mas não vejo a coisa encaminhada por aí.
Saudações a todos, e bom fim de semana!

domingo, 1 de maio de 2011

As Federações e o seu papel na sociedade...

Ao acabar de ler o último post do meu amigo Armando inocentes sobre as Federações, não pude deixar de meditar um pouco sobre o papel da "nossa" federação no panorama do Karate "geral".
Todos temos consciência que o papel da Federação, real, é promover e defender a vertente competitiva do Karate. Aqui, a meu ver, é a redução que se tende a usar no Karate, ao compará-lo a outros desportos. O Karate é uma actividade física muito complexa e que envolve muitos componentes que não existem noutros desportos.
Ninguém pratica futebol sem competir porque o futebol é unicamente competição - só se joga para ganhar ao adversário . ponto final. Isto não acontece no karate. Grande parte dos instrutores (e ao que parece são cada vez mais) desilude-se com a competição. Se há muitos que fazem desse mundo a sua vida treinando apenas competidores, muitos há que "resistem" a entrar nessa vida. Eu estou incluído nestes últimos - para mim a competição é "um mal necessário" passo a expressão. Compreendo que a "montra" de alguns Dojos seja o rótulo de "fábrica de campeões" e que com isso obtenham a satisfação que precisam do karate. Para mim isso não tem expressão. A Federação tem um papel dominante nesta face do karate. A Federação "respira" competição e enfia-nos competição pela cabeça dentro - até nos cursos de treinador onde a palavra de ordem é - Por favor levem os "putos" a competir porque é fundamental.
Não acho que seja fundamental, não é certamente fundamental. Pode até ter alguma importância mas não é definitivamente fundamental.
No meu caso a Federação serve apenas um propósito - ter um seguro desportivo rápido e fácil de subscrever - porque não faço competição. Sou treinador de Nível 1 e reconheço aqui publicamente que aprendi bastante no curso mas fui obrigado a "purgar" a competição da matéria que dei. Até nas acções de formação estamos constantemente a "levar" com o "fundamental da competição".
Já dou aulas há muito tempo e formei vários Cintos Negros sempre sem dar muita importância à competição. "Se não envolverem os vossos alunos na competição, mais tarde ou mais cedo eles vão-se embora!" - ouvi isto no curso de Treinador. Pois bem... a maior parte dos meus alunos treina comigo desde criança e mantêm-se a treinar comigo. É totalmente falso este conceito. O Karate vive bem sem competição - é aliás uma forma de os manter afastados da falsa ideia de campeão que se exibe constantemente.
Quando ouço alguns a dizer que formaram vários campeões eu digo que formei vários karatekas - e pergunto: Daqui a alguns anos quais os que se mantém campeões e quais os que se mantém karatekas? - O karate é para a vida e a competição é para apenas alguns anos dessa vida.
Não tenho um único aluno que não esteja federado - ao contrário de muitos que vivem da competição e vão, à pressa, inscrever alunos na FNK-P para poderem participar em provas, no entanto, utilizam muito mais eles a "imagem" da FNK-P do que eu.
Qual é o resultado desta situação? Estes são muito "conhecidos" no "mundo do karate" e eu não. Uma grande parte dos karatekas mais velhos nem me conhece... nem tem muita importância este facto porque também não ando à procura de "conhecimentos" mas essencialmente é porque não faço "campeões".
Reconheço o valor incontestável da competição no karate, não me interpretem mal, o que acontece é que não me revejo nela, no entanto estou federado e todos os meus alunos também... se tenho alguma vantagem nisso? ainda estou a tentar perceber se tenho...

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Treino de Graduados

Olá pessoal

No próximo Sábado dia 30, irei dar um treino de graduados (não, não é preciso ter mais de 4 dioptrias, é graduados... negros e castanhos).

Local? Real Sport Clube

Horário? das 17 ás 18.30 horas

Tópico de treino? Katas Sanseru e Seipai com respectivas Bunkai

Assim sendo... lá estaremos!

domingo, 24 de abril de 2011


De vez em quando ainda há momentos bonitos na História do Desporto onde a coragem e a forte ligação afectiva entre as pessoas emergem num segundo fazendo-nos pensar que a mente humana não tem limites.

Vejam o vídeo:

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Goju e Shito no Real...


Há cerca de duas semanas, em conversa com o Sensei Carlos Pereira, nosso colega e amigo do Shito-Ryu, manifestou-me ele o desejo de fazer connosco um treino tradicional de Goju-Ryu (Ude-Tanden, Kakie e Hojo Undo).
Foi marcado para hoje esse treino e lá o recebemos no Real com os seus alunos. Foi um treino muito agradável onde mostrámos um pouco do nosso trabalho no campo do condicionamento físico. Muito interessados e aplicados, os nossos amigos Shito lá foram "sofrendo" connosco as agruras do Ude Tanden (Kote Kitai).
O tempo passou muito depressa e foi muito interessante. O Sensei Carlos Pereira mostrou interesse em fazer este treino com a nossa classe para poder mostrar aos seus alunos um tipo de treino que se faz na linha Goju e que, segundo ele, se perdeu em parte na linha Shito. Para mim foi mais uma experiência de treino e convívio entre "colegas de armas" trocando ideias e interpretações técnicas.
Esta partilha é muito importante para o desenvolvimento de todos porque o nosso karate enriquece-se com ela.
Agradeço aqui ao Sensei Carlos Pereira e aos seus alunos a sua presença no nosso Dojo e espero poder repetir a experiência.
Excelente!

domingo, 10 de abril de 2011

O essencial e o supérfluo...

Em conversa há dias com um amigo ligado à área do Desporto, confidenciava-me ele que se avizinhavam tempos muito difíceis. O aumento do IVA na prática desportiva estava a causar alguns problemas aos Ginásios que, dizia ele e com verdade, tendiam a agravar-se.
Perante um "aperto" financeiro o que é que se dispensa primeiro? - Aquilo que pensamos ser supérfluo ou, na óptica geral, dispensável. Assim, quem que tem uma prática desportiva constante mas que está sujeito a "cortes" sistemáticos no seu orçamento familiar, retira-a de imediato dos seus encargos. Este problema agrava-se quando são vários os elementos de um agregado familiar a praticar desporto (eu tenho alguns assim, no meu Dojo).
Isto é mau em todos os aspectos que se possam imaginar. Coloca de imediato um problema sério aos Ginásios que estão já a operar porque uma redução drástica na clientela vai-se reflectir de imediato na necessidade de dispensar professores. Por outro lado, o que vão fazer os licenciados em Educação Física que estão a sair dos cursos?

Analisando agora o impacto social que este problema causa estamos perante uma situação em que se vai obrigar os portugueses a dispensar um dos componentes mais importantes na manutenção da sua saúde e bem estar - a prática desportiva regular.

Apela-se energicamente à adopção de uma prática desportiva como forma de manutenção da forma física e da saúde, o que é uma forma de prevenir futuros encargos com esta mesma saúde, mas tira-se, por outro lado, a importância a isto tudo considerando a prática desportiva "um luxo". Esta estúpida contradição vai ter um impacto terrível em todos nós - profissionais do Desporto e desportistas. Já se está a notar - o número de inscritos nos ginásios está a baixar de uma forma assustadora.

Este amigo confidenciava-me que fora obrigado a suportar ele próprio, o aumento do IVA como forma de tentar conservar os clientes mas estava céptico quanto ao tempo em que poderia sustentar uma situação destas. É alarmante.

Segundo a minha óptica ao aumentar os gastos com o consumo o que se vai conseguir é uma baixa desse consumo, o que se vai reflectir na economia nacional porque há empresas que não se vão aguentar - não vendem, não pagam - tão simples como isto. Gera-se mais desemprego o que vai reduzir novamente o consumo e assim por diante.

Tendo em conta o número de licenciados em Educação Física que estão a formar-se ou já formados, é preocupante...

Em conversa com amigos dizia um deles: "Portugal é um País a prazo!" - pois é... e o prazo está a ficar cada vez mais curto.

terça-feira, 5 de abril de 2011

"velhos" amigos... sempre!

Todos nós mostramos alguma nostalgia quando falamos dos tempos passados no início das nossas carreiras de karatekas, contando histórias, lembrando acontecimentos que nos marcaram. Com estas recordações saltam-nos à memória amigos que nos acompanharam fazendo parte dessas histórias, os seus nomes bem presentes e a forma como fizeram parte integrante e marcada nessas memórias. Alguns ficaram pelo caminho e rumaram noutro sentido, construindo vida esquecendo, talvez (ou não) estes tempos. Outros, não esquecendo a importância que o karate teve nas suas vidas e sentindo a sua falta, um dia, resolvem voltar.

É com enorme satisfação que recebo estes amigos no Real e foi o que aconteceu esta semana ao receber no meu (nosso) Dojo dois "companheiros" e amigos de longa data (década de 80), algo afastados das lides karatekas por força das contingências da vida mas que, lutando contra a inércia e preparando-se mentalmente para sofrer na carne as "amassaduras" do Goju-Ryu, apareceram no Real para treinar.

Partilhámos o treino mas também as recordações e lembrámos os outros que também fizeram e fazem parte das nossas memórias. É bom reencontrar os amigos e constatar que o "bichinho" nunca morre. Pode adormecer por períodos mais ou menos longos, mas... nunca morre!


Sejam bem vindos Carla e Porfírio!

sábado, 2 de abril de 2011

Treino de Cintos Negros no Hoshin-Do




Fizemos hoje um treino de Cintos Negros das 10 ás 12.30 horas, no Hoshin-Do. Estreando os novos tatamis o grupo composto por:

Moi même
Carla Miranda (é verdade sim senhor...apareceu mesmo e treinou à maneira)
Carlos Ferreira
André Mira
Rui Martins
António Pedro (é verdade sim senhor...apareceu mesmo e treinou à maneira)
João Saúde
Rita Manteigas

O treino incidiu em Seipai e Kururunfa e bunkai de Sepai (não houve tempo para mais). Correcção de técnica e análise de bunkai (base e livre), foram os tópicos dominantes nesta bela manhã de Sábado onde o tempo voou.

Os participantes estiveram bastante entusiasmados e treinámos até nos esquecermos das horas. Muito bom.

Espero poder fazer mais treinos destes porque é a oportunidade de nos podermos concentrar (sem ser à moda de Paulo Futre) nos detalhes de Kata.

A todos os que apareceram a esta chamada, obrigado pela vossa participação.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Too much information... lost information!

Em conversa com um dos meus jovens alunos, perguntava-me ele onde é que poderia aceder na net a vídeos das katas Goju que fossem "alguma coisa de jeito".
Achei piada no momento à pergunta e dei comigo a pensar que não lhe podia responder. Primeiro porque não sei o que ele considera katas "de jeito". Em conversa com alguns instrutores sobre alguns pormenores de kata, acabámos por apresentar versões diferentes, aliás, perspectivas diferentes quanto à execução de alguns movimentos. Éramos todos graduados e, no entanto, não se chegou a um consenso. Então, se a discutir uma pequena parte da kata tivemos divergências de opinião sobre a forma correcta, o que se passará relativamente à katas no seu todo?
Estamos filiados agora na GKI sob a direcção do Sensei James Rousseau e, no entanto, se observarmos atentamente as katas desempenhadas pelos nossos colegas ingleses, constatamos diferenças acentuadas com a nossa concepção das mesmas katas. Enquanto estivemos na IOGKF assistimos a "alterações" no desempenho de kata pelo Sensei Higaonna que, a meu ver, modificam por completo a noção do movimento que nós todos aprendemos até com ele, no início. Evolução? Telvez mas o que é facto é que estou a assistir a algum tempo a esta parte, a conceitos "novos" sobre o desempenho de kata que, a meu ver, estão incorrectos (mas assumo que posso estar errado). Numa escala mais baixa verifiquei na Taça Kaizen realizada recentemente que as katas desempenhadas pelos karatekas dos vários Dojos tinham diferenças acentuadas na execução sem que isso desvirtuasse a própria kata - eram, contudo, , diferenças relevantes. Questionei-me até, por algumas vezes, que aplicação (bunkai) certas técnicas teriam, tal as diferenças apresentadas.
Vou com frequência à net buscar vídeos e trabalhos sobre kata porque é "a menina dos meus olhos" e dou de caras com "coisas" que me fazem ficar a pensar se são do mesmo estilo que eu pratico, apesar de se dizer que sim. Também vejo trabalhos com os quais me identifico e dos quais tiro boa informação e ideias.
Perante isto, como é que indico aos meus alunos os locais da net onde se encontra "boa informação"? Não sei. Tendo em conta as "escolas" Goju que existem e a diversidade de "misturas" de estilos com as escolas Goju (descobri até uma versão "militar" do Goju-Ryu!...), mesmo estando aberto a novas ideias, estou um pouco céptico quanto à identidade do estilo.
O Goju-Ryu é um estilo muito rico e versátil que admiro desde sempre (com todo o respeito que tenho por todos os estilos e artes) mas estou questiono-me se não será "versatilidade" a mais e levada ao extremo.
Apesar de algumas pessoas não gostarem de kata e acharem até dispensável este trabalho faz parte do currículo técnico do karate e é um elemento comum a todos os estilos (porque será?).
Dizia um amigo meu - karate é karate e o resto é conversa... - Será?

sexta-feira, 25 de março de 2011

Bullying... fighting back!

Hoje dei de caras com um video no Youtube onde se visualiza o jovem Casey Heynes a responder fisicamente numa clara situação de "bullying". O vídeo foi visualizado por milhões de pessoas que manifestaram a este jovem a sua solidariedade.
A realidade do Bullying é dura - Um jovem que, por diversas razões, se torna uma vítima constante nas mãos de grupos que o atormentam criando-lhe complexos e traumas que, certamente perdurarão por toda a vida. Os maus tratos são de tal ordem que, para ele, um dia bom é aquele em que não é maltratado. Cruel.
Sem querer incitar à resposta violenta, o que aconteceu e foi filmado foi uma situação de ruptura emocional. De repente, aquele jovem não aguentou mais e, agarrando o opositor, levanta-o munido de uma força que decerto não é habitual em si, atira-o violentamente ao chão.
Quantos dias de maus tratos foram necessários para que dentro deste jovem as emoções o levassem a fazer o que fez? Porque é que, ao que parece ao longo de vários anos, ninguém tomou uma atitude e deixou que isto acontecesse? Como é que este jovem (e outros como ele) pode ser bem sucedido na escola?

Esta é uma situação real tal como muitas idênticas que sucedem diariamente em vários locais. O Bullying é um fenómeno real e em expansão. Como é que nós, treinadores de karate, podemos apelar à "não-violência" a um jovem destes que seja nosso aluno?

Este vídeo correu mundo e uniu pessoas em franca solidariedade com o jovem Casey. Acredito que grande parte destas pessoas foi também vítima ou conhecedora de vítima deste flagelo "cultural" dos nossos dias.

O Bullying deve ser levado a sério pelas consequências desastrosas que irá ter na vida destes jovens. Todos temos de estar atentos a isto, especialmente os educadores onde nos inserimos.

O Bullying deve ser levado a sério e travado. As vítimas devem ser encorajadas a falar sobre o assunto mas têm de haver mecanismos que, não só os ouçam, mas que actuem... punitivamente.

Ao ver o vídeo fiquei impressionado com ele mas também com a entrevista que é feita a Casey e onde a sua amargura vem ao de cima. Não se ouve uma palavra de rancor nem a atitude que manifeste prazer no que fez para se defender. Casey foi uma vítima até ter de deixar de o ser.
Felizmente a agressão foi "ligeira". Quantos são os que, afrontados sistematicamente, quebram ao ponto de agredir gravemente ou até cometer suicídio?

Temos todos de estar atentos a este crime. O Bullying é para levar a sério!

Vejam o vídeo:


quinta-feira, 24 de março de 2011

"Cara lavada"

De vez em quando gosto de mudar a aparência deste blog. Hoje escolhi este "look" acrescentando em jeito de "wallpaper" , uma imagem do Sensei Chojun Miyagi, fundador do nosso estilo de Karate - Goju-Ryu.

Sei que este blog é visitado por muita gente (o que muito me satisfaz, é aliás essa a sua missão), gente que gosta e gente que não gosta do seu "administrador", o que também é bom porque este é um espaço aberto à troca de ideias e opiniões, e daí a ideia de mudar a aparência deste espaço para "dar uma lufada de ar fresco".

Espero que gostem mas também espero que não gostem... porque se todos tivessem bom gosto, estavam todos no Goju-Ryu - Estou a brincar, malta... pronto não amuem nem me ofendam... todos os estilos são bons... porra, não se pode brincar!

Bom, como isto não é uma passagem de modelos, o blog por agora, fica assim. Depois falamos...

May the force be with you (all)!

Ah... já me esquecia... no lado direito deste post está um pequeno questionário de opinião que gostaria que todos agraciassem com o seu voto. refere-se à eterna questão da importância do treino de Kata. É só uma opinião pessoal, votem lá!

terça-feira, 22 de março de 2011

Novos talentos...

Na passada semana sugeri a um dos meus jovens yudanshas, João Saúde, que fosse ele a orientar uma aula completa na segunda feira seguinte. Apreensivo, este jovem aceitou o convite, e ontem foi ele o nosso "sensei".
Preparou uma aula diferente, o que era afinal o pretendido, e deu-a. Muito bem. Após um bom aquecimento, um randori na posição de seiza onde apenas intervêm os braços. De seguida apresentou-nos um trabalho onde combinou uma sequência de técnicas de todos os katas Goju numa nova "kata" com as respectivas bunkai.
Este trabalho entusiasmou toda a classe que se empenhou na tarefa afincadamente. Foi uma aula original, bem conduzida e cativante.
Esta é uma experiência a repetir, com outros yudanshas, dando-lhes a oportunidade de "brilhar" mostrando-nos a sua própria visão do karate que fazem.
Foi uma lufada de ar fresco, que é sempre agradável.
Bom trabalho, João!

sexta-feira, 18 de março de 2011

O amargo sabor do fracasso...

Não é fácil lidar com o fracasso. Quando falhamos instala-se em nós uma sensação de desilusão que deprime e causa até, em alguns casos, alguma inveja de quem ganha. É normal mas não deixa de ser negativo.
As crianças têm alguma dificuldade acrescida para lidar com isto porque, na maioria dos casos, são preparadas para o sucesso, tanto pelos pais como pelos instrutores, mas não para o insucesso. É difícil fazer compreender a uma criança que, para alguns ganharem outros têm que perder. Até nós, adultos, nos preparamos melhor para o sucesso do que para o fracasso. Algumas pessoas tendem até a ignorar essa possibilidade porque lhes é muito difícil lidar com isso.
Em tempos ouvi alguém ligado à nossa modalidade dizer a um aluno que "perder não é opção". Dizia este "artista marcial" que só assim conseguia criar o incentivo certo para o sucesso. Não sou psicólogo mas penso que estamos aqui perante uma idiotice estúpida (passo o reforço da idéia). Não imagino como é que aquela personagem lida com os alunos quando eles falham mas tenho alguma curiosidade em saber.
Na II Taça Kaizen que se registou no passado dia 13, apesar da maioria dos meus alunos participantes ter tido sucesso, outros não o tiveram... é normal, para nós mas para eles... terrível. Um dos meus alunos que foi eliminado muito rapidamente desatou a chorar porque se viu como um fracassado especialmente porque é um dos mais graduados do grupo e ficou "atrás dos menos graduados". Tentei tanto quanto possível minimizar a importância do acontecimento dizendo-lhe que não é nenhuma vergonha perder e que vergonha é não tentar, mas confesso que o argumento é pouco convincente para a mente de uma criança. É, no entanto, importante que eles aprendam a lidar com as próprias falhas porque, como é sabido, elas vão acompanhá-lo por toda a vida em todos os aspectos dessa vida.
Dividi com eles a "culpa" no fracasso dizendo-lhes que iríamos trabalhar mais para "limar as falhas" tentando tanto quanto possível a melhor aceitação pelo insucesso mas percebo a dificuldade que têm em aceitar que falharam. Os pais têm um papel importante nessa parte das suas vidas mas infelizmente, muitos tendem a levar mais a peito as falhas dos filhos do que eles próprios, questionando até algumas decisões de arbitragem e culpando a organização e todos os outros intervenientes pelo insucesso dos filhos.
Em ultima análise reconheço que esta é uma das dificuldades com que todos os treinadores têm de lidar embora todos possamos ter experiências diferentes. A psicologia terá, se calhar, alguma coisa a dizer neste sentido mas como já referi anteriormente... essa não é a minha área.

domingo, 13 de março de 2011

O Real na II Taça Kaizen... muito bem, putos!





Realizou-se hoje, Domingo, a II Taça Kaizen no magnífico Pavilhão do Alto do Moínho em Corroios. Os jovens karatekas do Real, 15 elementos, deslocaram-se ali para mostrarem o que sabem. Estou extremamente orgulhoso de todos eles porque se bateram com bravura honrando as cores do Real.
Obtivemos muito boas classificações, que apresento a seguir:

André Mira - 1º Class. Kata Masculino 14-15 anos
Ana Afonso - 1ª Cllass. Kata Feminino 14-15 anos
Márcia Mendes - 1ª Class. Kata Feminino 10-11 anos
Diogo Carvalho - 2º Class. Kata Masculino 14-15 anos
Pedro Santos - 2º Class. Kata Masculino 10-11 anos
Daniel Sousa - 3º Class. Kata Masculino 12-13 anos
Alexandre Martins - 3º Class. Kata Masculino 8-9 anos
Beatriz Magalhães - 3ª Class. Kata Feminino 8-9 anos
Beatriz Magalhães - 3º Class. Prova de Percurso 8 anos
José Afonso - 3º Class. Prova de Percurso 9 anos

Estão todos de parabéns, mesmo os que não obtiveram classificações de pódio, porque os seus desempenhos foram excelentes.

Agradeço a colaboração de: João Saúde, João Fróis, Rui Valadas e André Jorge que foram uma grande ajuda no desempenho de arbitragem, treinador e oficial de mesa.

Não tendo uma grande participação em competições, é gratificante verificar o empenho dos nossos miúdos e miúdas e ver o seu esforço recompensado.

Lembram-se quando eu digo que o treino de Kata é essencial e imprescindível para o desenvolvimento do karateka? Agora acreditam?

PARABÉNS A TODOS!!


sábado, 12 de março de 2011

A tarefa de ser jovem...

Hoje os jovens saíram à rua para manifestarem o seu descontentamento pela situação em que o país se encontra. A incerteza do futuro e o desemprego são as suas maiores e legítimas preocupações. Um país que ignora a força de trabalho jovem não pode avançar. A crise económica é uma realidade mas quando abundam situações em que um jovem licenciado tem de se agarrar a um emprego na FNAC ou num hipermercado para poder auferir um salário magro e insuficiente para a sua autónoma subsistência, é grave. O número de licenciados que deixa o seu país para procurar trabalho no estrangeiro é enorme e representa uma enorme perda. O que é um facto é que não parece haver alternativa para quem não consegue trabalhar. Isto é triste e pouco animador.
São muitas as manifestações a que temos assistido mas penso que esta, apesar de pacífica, deve ser levada muito a sério (não quero dizer com isto que as anteriores não o devam ser). Os jovens estão fartos... e com razão. A actual política não os defende, muito pelo contrário, coloca-lhes todo o tido de entraves no seu caminho. É frustrante e desanimador.
O futuro constrói-se com a força de trabalho jovem e com novas ideias. Asfixiar a juventude é política errada e terá os seus custos...elevados.
Portugal está a caminhar assim para a estagnação económica e social. Portugal não é, neste momento, um país que respeita o esforço que um jovem (ou os seus pais) faz para tirar um curso superior porque lhe retira a oportunidade de pôr ao serviço de todos, o conhecimento e a especialização que adquiriu.
Para mim este é um sinal de decadência e não de futuro. Levem a sério esta manifestação... levem muito a sério esta manifestação.
No meu dia a dia como treinador de karate, lido com alguns jovens que tenho visto crescer e que aprendi a respeitar como pessoas integras e com grande potencial, mas neste momento, temo por eles. Temo que se desmoralizem e que desistam. São-lhes exigidos grandes esforços coma aliás tem sido com toda a gente, a diferença é que eles são a força que o País precisa. São eles que vão dar continuidade a todos os processos de desenvolvimento que possam estar em curso ou em projecto... vamos fechar-lhes a porta?

quinta-feira, 10 de março de 2011

Momentos (2)

Hora dos morfes... A ampla sala de refeições que nos acolheu encheu-se com o nosso pessoal que retemperava forças com a boa comida da D. Fernanda, a excelente cozinheira do Sport Hotel.
Era também nesta magnífica sala que repousávamos após os treinos (alguns deixavam-se cair nos sofás e... simplesmente adormeciam), ou assistíamos a um ou outro programa de televisão.

Boa comida, boa gente...

Momentos (1)

Aqui temos o João Fróis a entrar em transe. Este karateka tem estado a desenvolver um trabalho muito importante no domínio da arte de "dormir em pé". Nesta imagem temos a fase de preparação em que o corpo relaxa e a mente começa a atingir o estado de iluminação suprema.
Os pés começam a enraizar, os braços caem ao longo do corpo, as pálpebras começam a fechar...
Isto é alto treino mental!

terça-feira, 8 de março de 2011

Acabou...

O dia começou cinzento, chuvoso e frio na vila da Golegã mas isso não impediu os valorosos karatekas do Real e do Grupo Dramático Ramiro José de fazer o seu ultimo treino deste magnífico Estágio de Inverno.
Orientado pelo Sensei Carlos Ferreira que nos ofereceu um treino de preparação física verdadeiramente Goju onde nem faltou o Ude-Tanden.
Acabado este treino, sempre com o esforço adicional de pôr a "ratazana" (carrinha do Real) a trabalhar porque a bateria pifou, dirigimo-nos ao Centro de Estágio para o pequeno auditório onde iria ser dada a aula teórica orientada pelo Sensei Daniel Ramalho sob a temática da "Filosofia das Artes Marciais" que gerou uma animada discussão deu uma imagem fresca da Filosofia.
12.30 horas - Almoço. Acabada a refeição foi altura de fazer as malas para o regresso. Alguma confusão como é normal e iniciámos a partida não sem antes tirar uma foto de grupo junto ao busto de Carlos Relvas, personalidade da Golegã que dedicou toda a sua vida à investigação da fotografia, e cuja fascinante casa-estúdio visitámos.

Cabe-me aqui deixar os agradecimentos à Câmara da Golegã e a todo o pessoal do Sport Hotel que nos acolheu e tolerou durante estes 3 dias.

O Sport Hotel é fabuloso. Boas instalações, asseio extremo, boas refeições e alojamentos. Foi graças a estas facilidades que pudemos organizar e levar a cabo um dos melhores Kangeikos de sempre.

Agradecimentos finais a:

Sensei João Ramalho pela participação embora curta neste estágio.

Sensei Nuno Santos pela ajuda, participação, pela juventude e animação que a sua classe trouxe a este Kangeiko.

Sensei Carlos Ferreira pelo treino de hoje que cansou mas agradou.

Sensei Daniel Ramalho cuja visão filosófica das artes marciais especialmente do Karate deu uma lufada de ar fresco às nossas mentes.

Sensei Jorge Peixoto pela ajuda que deu e por ser também e apenas... o Peixoto - peça fundamental em qualquer evento social (e não só).

Saldo muito positivo. Acredito que recordaremos por muitos anos este Kangeiko. Obrigado a todos.

A todos os que participaram de uma ou outra forma, o meu muito obrigado.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Kangeiko - 3º Dia

Relato do dia...
Iniciámos hoje com um treino de cintos negros, orientado por este vosso amigo, de Seipai e bunkai.
Bunkai base e bunkai livre.
Acabado este treino foi tempo de treino geral. O Sensei Nuno Santos brindou-nos com técnicas de kumité onde foram treinados vários factores - postura, velocidade e treino de reacção. Muito técnico e muito dinâmico.
Apesar do pouco entusiasmo inicial por parte da malta jovem, fruto de uma longa diversão nocturna até às tantas da manhã, a coisa foi rolando.
Ninguém achava possível alguém conseguir dormir em pé até termos visto o João Fróis completamente "ferrado a dormir" mas... em pé! Orginal. Inicialmente pensou-se que o Fróis tinha atingido o "estado e iluminação suprema" e que o seu espírito guerreiro tinha, por momentos, abandonado o seu corpo para se elevar até aos antepassados... mas não... era cansaço mesmo.
Regressados para o almoço e um passeio para digerir, foi altura de iniciarmos o segundo jogo de futebol do Kangeiko. Bem... os pessoal correu (uns mais do que outros) e gastou energias. Aquilo foi digno de se ver... entre as duas equipas somava-se 25 jogadores o que era um campo cheio. Algumas lesões ligeiras e encostos foram a nota deste grande jogo. Um dos momentos altos foi a marcação de um livre pelo Albino Filipe que, numa passagem para o Jorge Peixoto, o atingiu na modesta genitália provocando-lhe um grito guerreiro assinalável seguido de um tombo frontal, tal e qual uma tábua de engomar.
Acabado o dia estamos neste momento em lazer na sala de estar onde se está a desenrolar um jogo de ping pong.
Algo me diz que vamos ter umas noite tranquila e de "sonos pesados"... oxalá

domingo, 6 de março de 2011

Futebol Goju...

Foi uma tarde de futebol no campo sintético aqui da Golegã. Uns foram artistas... os outros... empatas. No final foi diversão e boa disposição. Uns mais partidos que outros regressámos agora ao Hotel para uma jantarada das boas porque o apetite foi renovado e aumentado com esta tarde "desportiva"

Aqui fica o registo do cântico dos guerreiros...

Ca gandas malucos!!
Treino de combate no chão adaptado de bunkai de Tekki Shodan. Sensei João Ramalho em explicação detalhada sobre a execução correcta da técnica.

Isto foi ontem, Sábado, no primeiro treino deste Kangeiko.

Bom trabalho, bom ambiente, boa gente...

sábado, 5 de março de 2011

Kangeiko - Dia 1 (Sábado)

Apesar de termos saído de Massamá um pouco mais tarde que o previsto, (14 horas) a viagem decorreu muito bem apesar de alguma chuva e alguns enganos no caminho porque o meu sentido de orientação é pouco desenvolvido.
Chegados à bela vila da Golegã (Capital do Cavalo) e feito o check-in no Sport Hotel, foi altura de assentarmos arraiais nos respectivos quartos.
Realço aqui as magníficas instalações deste Sport Hotel que dispõe de uma infra estruturas fabulosas: Bons quartos equipados com ar condicionado, o que dá muito jeito tendo em conta as baixas temperaturas que assim se fazem sentir, e um refeitório amplo onde nos foi servido um óptimo jantar. A simpatia do pessoal é também digna de referência.

Somos 35 participantes neste estágio o que é muito bom. As complicações da inscrição ficaram para trás porque o ambiente é excepcional, aliás, como de costume.

O primeiro treino do Kangeiko teve início ás 17 horas e, após um aquecimento dado pelo Sensei Nuno Santos, foi o Sensei João Ramalho que "abriu as hostilidades". Devo referir aqui que, o nosso Presidente, sendo também militar da GNR, se sente à vontade na Golegã - todos conhecemos a afinidade que os GNR´s nutrem pelos cavalos (se o sentimento é recíproco, desconheço mas duvido).

Kata Tekki Shodan e aplicações com notas de Kyusho foram o tema escolhido pelo Sensei João. Trabalho muito interessante que gerou entusiasmo e satisfação da parte de todos os participantes.

À noite foi tempo para um passeio noturno pela vila e passagem por um Café (A conselho do Rui Martins, nosso guia gastronómico) onde provámos os "toureiros" - um pequeno bolo de ovos e amêndoa cobertos por uma camada de açúcar, muito saboroso.
Em conversa animada onde sobressai a voz possante do Carlos Ferreira que quando dá uma gargalhada aqui acorda o povo de Almeirim, foi-se passeando pela vila acompanhados por um friozinho "saudável".
Amanhã será dia de treino matinal pelas 9.30 horas após o pequeno almoço que será servido entre as 8.30 e as 9.30 horas. Tentei colocar aqui algumas fotos mas não consegui fazer o download do telemóvel. Tentarei de novo amanhã.

Até lá!

Kangeiko 2011... aí vamos nós!

Pois é... agora é que é. Estamos de partida para a Golegã (não... não vamos andar a cavalo, embora levemos alguns!) para o nosso Kangeiko. Este ano as coisas não têm corrido bem na organização porque algum pessoal não sabe bem o que quer - tão depressa dizem que vão como não. Tenho tido alguma dificuldade em organizar isto este ano. Para o próximo ano tenho duas alternativas: ou arranjo alguém que me ajude, ou não vamos. Algum pessoal tem entender que organizar uma coisa destas dá muito trabalho e que o que dá jeito é quem facilite e não quem dificulte. Vamos ver.
Bem... de qualquer maneira aqui vamos nós. Até à próxima terça feira estaremos em Estágio no belíssimo SportHotel da Golegã.
O S. Pedro continua senil e não atina com o tempo. Num acesso de raiva contra quem gosta de fins de semana, o raio do velho resolve brindar-nos com chuva e frio. Se estás a pensar que a gente vai desistir, tira o cavalinho da chuva ó velhadas! E já agora vê lá se te reformas para a gente voltar a ter Estações do Ano como antigamente. A trabalhar assim qualquer dias és requisitado para a FNK-P!
Apesar de tudo esperamos tirar o melhor proveito deste evento, como sempre. O Peixoto e o Rui Martins estão já de olho no paio alentejano, no queijo e no vinho que levamos para aquecer as noites e para não pensarmos em sexo, o que dá jeito tendo em conta a companhia...

Até lá, meus amigos... estaremos em treino... oficialmente. Como vou levar a minha "caixa de bytes" faço intenção de ir publicando neste humilde espaço, o decorrer do estágio.

A todos desejamos um bom Carnaval! May the force be with you!

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Tempus fugit...

Por falta de tempo livre não tenho dado a este blog a atenção que ele merece. Não consigo acompanhar o ritmo do Sensei Armando que faz postagens como se de fornadas de pão se tratasse... mas bom pão... do alentejano... com substância.
Assim sendo, peço desculpas pela minha prolongada ausência. Prometo tentar dar a volta à coisa.
Em vésperas de Kangeiko, desta vez na Capital do Cavalo - a Golegã, estamos a tratar dos preparativos. Para o ano tenho de pedir ajuda porque a organização de um Estágio destes não é fácil tendo em conta que estamos em Portugal, e que o pessoal tem por hábito inscrever-se à ultima hora e afinal somos perto de 40!
Penso que vai correr tudo bem (aliás como sempre).
Qualquer destes dias faço uma postagem mais "agressiva" se calhar daquelas que provocam alguma azia (e em alguns casos, diarreia!).
Aguardemos...

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

O valor da vida humana...

Foi largamente noticiado um acontecimento perturbador. Uma idosa foi encontrada morta na sua casa e descoberta pela compradora da casa que se julgava vazia. Esta idosa morreu em sua casa e esteve 9 anos já cadáver, na mesma. O mais perturbador a meu ver, foi o facto de poucas pessoas terem dado por falta da senhora. O mais perturbador foi o facto de alguém ter chamado a polícia suspeitando que a senhora tivesse falecido na solidão da sua casa e esta força de segurança aparentemente ter ignorado esta suspeita e, alegando ser ilegal a entrada numa morada sem autorização, não ter feito nada.

Não sou versado em leis mas não quero acreditar que, perante uma forte suspeita de morte em domicílio, não se possa fazer nada... não posso nem quero acreditar que se ignore uma forte suspeita destas.

A referida senhora, uma idosa de 90 anos, morreu na solidão e, certamente, de solidão. Triste e inacreditável. Um País que trata assim os seus velhos não merece respeito.Tive a oportunidade de visitar uma parte do Japão conhecida pelos recordes de longevidade - Okinawa. Os japoneses veneram os seus velhos respeitando-os sempre e aproveitando deles, o conhecimento e as experiências de vida. O respeito que os japoneses dedicam aos seus idosos é o reconhecimento da sua vivência e sabedoria. É o reconhecimento das suas virtudes e das sua fragilidades amparando-os até que à sua partida.

A solidão na velhice é uma das mais duras situações de vida. O abandono numa das fases mais necessitadas da vida é cruel. Todos nós sabemos que a vida actual dificulta a assistência aos idosos mas é para isso que existem instituições e assistentes sociais - para amparar aqueles que caem. Não me causa nenhum conflito que parte dos meus impostos sirvam para isto, o que me custa é ver serem dados apoios a muita gente que deles não necessita - e todos conhecemos casos desses.
Envelhecer devia ser um processo natural da vida onde a adaptação do idoso fosse acompanhada pela adaptação da família.
Li hoje num jornal que, finalmente apareceram os familiares da idosa - para anular a venda da casa reclamando-a para si... sem remorso, sem sentimento de culpa. Que gente é esta? Onde estavam quando a idosa definhava e morria? Onde estavam quando ela precisava de apoio e de ajuda?
Sinto-me triste e desapontado com esta parte do País onde vivo e por partilhar este mesmo País com gente sem sentimentos e escrúpulos ao ponto de surgirem agora vindos do nada reclamar aquilo que não é deles repudiando um familiar debilitado condenando-o à mais miserável das mortes - por solidão.
Devíamos aprender com os japoneses... mais uma vez. Pela sua disciplina, pelo seu respeito e pela forma como recompensam os seus idosos por tudo o que lhes deram...
"Um velho que morre é uma biblioteca que arde..."

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Karate... só!


Karate não se treina, vive-se...
Karate não se aprende, absorve-se...
Karate está acima de Associações e Federações
Karate é a sublimação do movimento
Karate é a verdadeira manifestação do instinto
Karate é interacção. É reacção à acção...
Karate é competição... constante... com nós próprios.
Karate é a constante procura da perfeição... inatingível...

Apesar de todas as rivalidades e lutas pelo poder dentro do Karate, dos egos exacerbados e dos títulos, quando todos nós morrermos o Karate continuará... lembrarem-se do nosso percurso depende da nossa conduta como seres humanos e da consciência que tivermos da nossa ignorância.

Pode-se ter um percurso "comercial" no Karate mas não se "vende" Karate.


O Karate com paixão dá prazer e abre mentalidades...

O Karate com partilha desenvolve e dinamiza...

O Karate com sentimento une pessoas cria amigos, construindo e consolidando laços afectivos sem preço...

O Karate harmoniza-se com a Natureza e com a ciência porque os seus princípios básicos são científicos envolvendo conceitos da química, da física entre outros...

O Karate é equilíbrio e estabilidade tanto físicos como emocionais.

O Karate não é estático... é uma coisa viva que respira e transmite emoções...




domingo, 30 de janeiro de 2011

Hoshin-Do de "cara lavada"...

Hoje, iniciámos a manhã a limpar e equipar o Hoshin-Do com Tatamis novos de grande qualidade.

Ao fim de muito tempo a treinar sobre os tapetes da Decathlon (que serviram muito bem o seu propósito durante bastante tempo mas que estavam na idade de reforma) vai poder-se treinar melhor porque os novos tatamis, próprios para a prática do Karate, permitem um melhor desempenho.

O Hoshin-Do está em força e a trabalhar bem dando à população de Massamá mais um local onde praticar a "arte da mão vazia".
É com agrado que vejo agora o Dojo com melhor aspecto e condições o que. decerto, melhorará o trabalho dos instrutores e karatekas.


sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

O sabor do sucesso...

Hoje, o meu filho Daniel, conquistou mais um feito na sua vida - o mestrado em Filosofia.
Foi com imenso orgulho e satisfação que ouvi, da boca do porta voz do painel de avaliação a sua nota - 18 valores.
Entre os vários elogios que recebeu, destacou-se o do seu orientador, Dr. João Fonseca que me sensibilizou bastante.
Para um pai é uma enorme satisfação ouvir da boca de tão ilustres pessoas elogios rasgados a um filho.

considero-me afortunado pelos filhos que tenho e pelo seu percurso feito de conquistas como a de hoje.
O sucesso dos filhos reflecte-se na tranquilidade e orgulho dos pais, e hoje, mais uma vez, dou os parabéns ao Daniel pela brilhante forma como defendeu a sua tese e pelo resultado conseguido.
Parabéns meu filho!

sábado, 22 de janeiro de 2011

SMITH, "O PERFEITO"...


Era uma vez um senhor chamado Smith. Conhecido na cidade onde vivia, Smith era admirado como poucos. A gente da cidade chamava-lhe Smith "o Perfeito" Smith tinha a mágoa de não conseguir conservar amigos. Aqueles que se aproximavam dele, cedo o largavam. O seu feitio sobranceiro e arrogante, o seu ego enorme e o seu "mau-feitio" faziam com que, aqueles que tentavam conviver com ele, se afastassem.
Smith atribuía o problema aqueles que o deixavam - ele era bom para eles mas eles não o reconheciam. Ele sabia mais do que eles mas eles não o reconheciam. Ele avançava com ideias novas e os outros não o seguiam.
A realidade era, afinal, outra. Smith, ocupado em olhar-se ao espelho e admirar-se como "ser superior", não conseguia reconhecer a capacidade dos outros. Ao considerar-se senhor do conhecimento não deixava os outros mostrarem o que sabiam. Ao querer guardar para si todos os créditos das tarefas bem desempenhadas, não deixava os outros evoluir.
Todos os anos Smith organizava uma festa onde todos colaboravam mas que era anunciada como A Festa de Smith - O Perfeito. Todos trabalhavam arduamente na organização contribuindo com trabalho e ideias, mas era a "FESTA DE SMITH".
O tempo passava e Smith "crescia" não com os outros, mas à custa dos outros. Quando precisava deles elogiava-os e elevava as suas capacidades mas individualmente. De uns dizia mal dos outros mas elevava sempre as qualidades daquele com quem falava individualmente. O tempo foi passando e os seus "amigos" começaram e entender que aquela situação não lhes convinha. A falsa amizade que Smith exibia só servia os propósitos do próprio Smith.
Os amigos reuniram-se e acharam ser altura de deixar de dar a Smith o que ele queria - o protagonismo. Cansaram-se de ser desrespeitados e deixaram de conviver com ele.
Smith, magoado, não sabia o que fazer. Numa primeira reacção começou a dizer a todos que tinha sido escorraçado pelos seus amigos mais chegados - aqueles que ele tinha tido no coração - depois, vendo que o seu "choradinho" não tinha tido eco, começou a denegrir a imagem daqueles que o tinham abandonado "à sua sorte".
Ao princípio, as pessoas que o ouviam pensavam para si: - Que ingratos... Smith é um bom homem, trabalhador e amigo e tem ajudado tanta gente, porque é que o abandonam? - mais tarde, estas mesmas pessoas começaram a pensar: Que diabo... Smith não consegue conservar amigos por muito tempo... o que é que se passa?? Toda a gente que priva com ele por mais tempo acaba por deixá-lo. O homem deve ter qualquer coisa de errado!
Aqueles mais ingénuos e influenciáveis continuavam a venerar Smith considerando-o um homem integro e respeitador. Por vezes, inflamados pelo discurso revoltado de Smith e pelas mentiras que este começou a espalhar para denegrir ainda mais a imagem dos que o abandonaram, estes ingénuos personagens começam a tomar o seu partido e a comentarem entre si as "injustiças" que são feitas a Smith, afinal ele era Smith "O Perfeito".
O tempo foi passando e as críticas de Smith começaram a não ser levadas a sério. Os antigos amigos contaram afinal toda a verdade - Smith não era Perfeito... Smith era arrogante, sobranceiro, mentiroso e intriguista. A única pessoa que Smith respeitava era ele próprio. Tendo subido encostado aos amigos, escorraçava-os quando não precisava deles. Smith não era Perfeito.
Toda a cidade começou a não levar a sério os comentários intriguistas de Smith. A sua imagem começava a perder luz. Smith não conseguia perceber. Num momento era um Deus e no outro era uma nulidade.
Na sombra reuniu alguns (poucos) cegos seguidores e, no seu meio convenceu-os a ficarem perto de si comprometendo-se a fazer deles pessoas respeitadas e admiradas por todos. Estes ingénuos seguidores acreditaram nele - afinal ele tinha sido "O Perfeito". Ligeiramente fortalecido com o seu pequeno "exército", Smith volta à carga. Agora ajudado por alguns seguidores, Smith, rancorosamente, tenta de novo destruir aqueles que o tinham abandonado. Novas críticas, novas intrigas e novas mentiras... mas sem resultado. Smith não encontrava eco nas suas palavras. Os que o ouviam acenavam que sim, mas nas suas costas referiam-se a ele como uma pessoa arrogante e falsa. A imagem de Smith era a pior. Reunindo o seu pequeno grupo, Smith recolhe-se na sua casa e passa o tempo todo com eles. Não os que deixar sozinhos... não os pode deixar sozinhos... eles não podem ouvir o que se diz dele nas ruas. Um dia, um dos elementos que o tinham deixado resolve organizar uma festa. Esta festa tinha sido nomeada como "Festa da Cidade". A organização desta festa corria maravilhosamente - todos se entusiasmaram a organizar a festa e todos contribuíram com alguma coisa. Todos foram convidados (afinal era a festa da Cidade), sem excepção.
Smith recebeu em sua casa o seu convite e o dos seus seguidores. Alarmado rasgou de imediato os convites do elementos do seu grupo mas guardou secretamente o seu.
Smith tinha agora uma tarefa difícil - impedir os elementos do seu grupo de tomarem conhecimento da festa - teve uma ideia e pensou para si - "vou organizar um almoço e um jantar em minha homenagem na minha casa mesmo no dia da festa"
Assim fez: falou com os seus seguidores dizendo - Vou organizar um convívio em minha casa em minha homenagem. Vai chamar-se "O Dia de Smith". Conto com a presença de todos vós.
Assim foi. Enquanto a Cidade resplandecia de alegria e felicidade, Smith, fechado em casa com o seu pequeno grupo, com as janelas corridas, "convivia" com os seus amigos. Falando alto para eles discursava sobre os seus planos para engrandecer o seu grupo, as sua ideias inovadoras e a sua influência na vida da Cidade. A meio do dia resolveu servir umas bebidas e, enquanto enchia os copos de todos, disse: - Eu tenho de sair por um momento mas não demoro. Deixo aqui algumas garrafas para beberem à vontade. E saiu. Fechou a porta à chave e foi dar uma espreitadela à Festa da Cidade. Circulou no meio da festa, saudou algumas pessoas e regressou indignado a casa. A Festa estava a correr bem e isto era demais para ele. Não aguentava tanta revolta. Estavam todos divertidos na festa e não tinha sido ele a organizá-la. Tinha de deitar por terra a imagem dos organizadores da festa, mas não sabia como. Guardou para si a revolta e voltou a conviver com o seu pequeno grupo, que a pouco e pouco começava e desinteressar-se da conversa habitual de Smith.
Os elementos que compunham o grupo começaram a perder interesse nas conversas de Smith que, afinal não era o que eles pensavam. Foram-se afastando, dando desculpas para não aparecerem na casa dele. Sem saber como, Smith estava sozinho. Agora sim abandonado. Mesmo constatando que estava totalmente só, Smith, em frente ao espelho de sua casa gritava: - Vão-se todos embora, ingratos. Eu dou-lhes pérolas e vocês transformam-nas em estrume! Desapareçam da minha vista... eu não preciso de vocês eu sou Smith o Perfeito!
E assim foi... ainda hoje Smith, todos os dias se levanta e faz o seu discurso em frente ao espelho. Sozinho. A amargura e o desalento de Smith revoltam-no mas nada pode fazer. A sua arrogância e o desrespeito que mostrou com todos os que com ele conviveram, votaram-no ao abandono e à solidão. A "fama" de SMITH O PERFEITO morrera.


Nota do bloguista:
Todos os factos narrados nesta pequena história são fictícios. Toda e qualquer semelhança com pessoas, locais ou situações é mera coincidência.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Kumite à "La Inocentes!"

Foi na Sexta Feira passada que recebemos na nossa "casa-mãe" (Real Sport Clube) a visita do Sensei Armando Inocentes que acedeu ao meu convite para orientar uma aula ao nosso "pessoal".
Escolhendo a temática do Kumite nas suas diferentes vertentes, o Sensei Armando brindou-nos com alguns pormenores de execução incidindo na postura, velocidade e distância.
Foi uma aula muito interessante cativando a atenção de todos de tal maneira que a aula acabou perto das 22.30 horas.
Explicação pormenorizada sobre a execução correcta do kumite tendo como objectivo uma maior eficácia tanto em velocidade como em distância.
Foi muito bom e a forma descontraída como de desenrolou a aula tornou-a muito agradável com o empenhamento de todos.


Deixo aqui novamente expressos os meus agradecimentos ao Armando pela disponibilidade e pela forma como cativou a atenção de todos nas suas explicações.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Fim do ócio recomeço dos treinos...

Após o período das Festas, há que consumir os açúcares e gorduras acumulados. Assim, retomámos ontem os nossos treinos com a "casa cheia" o que prova a consciência colectiva dos excessos cometidos na época natalícia.
A todos os que retomaram os treinos, sejam bem vindos, aos que se "baldam" deixo este recado:
Mexam esses cús e venham treinar... a engorda é para os animais de abate!
Cá os esperamos...

HOSHIN-DO PORTUGAL

HOSHIN-DO PORTUGAL
CLUBE DE KARATÉ E DEFESA PESSOAL

HOSHINDO PORTUGAL

O Hoshin-Do Portugal - Clube de Karaté e Defesa Pessoal, foi criado com a finalidade de promover a prática do Karaté Goju-Ryu e da sua vertente de Defesa Pessoal.
Tem a sua sede na
Rua do Amor Perfeito, Nº 23 - 2745-717 Massamá
Os seus Instrutores são:

José Ramalho - 4º Dan
Nuno Santos - 4º Dan
Rui Catarrinha - 3º Dan
Joana Perdiz - 2º Dan