terça-feira, 29 de junho de 2010

Jantar de fim de Época


Realizou-se no passado Sábado o nosso jantar anual de fim de época. Embora organizado à última hora porque a minha cabeça tem estado ocupada com outras andanças (Sarau, Fórum de Treinadores e outras razões de carácter profissional). Mesmo assim, com metade do pessoal do ano passado (30 participantes) foi muito agradável conviver com alunos e familiares num jantar "chinês" de boa qualidade.

Esta época termina assim na próxima 4ª feira porque os meses de Julho e Agosto são de descanso. Foi uma época muito trabalhosa e conturbada onde tive de conciliar a vida de treinador com as mudanças radicais a nível profissional. Com alguns altos e baixos lá tenho conseguido conciliar estas duas partes da minha vida mas não tem sido nada fácil.

De qualquer modo considero o saldo positivo realçando alguns momentos de destaque:

Estágio com o Sensei Onaga (Sensei Armando Inocentes)

Estágio Kaizen Karaté Portugal (Senseis Kevin Nason e Keith Bishop)

Aula de Judo com o Sensei Manuel Pinto

Aula de Karaté Shotokan com o Sensei Carlos Ramalho

Aula de Jiu Jitsu Brasileiro com o Mestre Leonardo

Demonstração da Kaizen na abertura do Campeonato de Jiu-Jitsu na Brandoa pelo amável convite do Mestre Leonardo.

Aula de Kick Boxing com o Mestre António Duarte (a realizar na próximna 4ª Feira)

Entre outros.

Relativamente a estas aulas "extra-curriculares" entendo que são muito interessantes porque nos trazem uma maior amplitude técnica, abrindo-nos novos entendimentos sobre as artes marciais e desportos de combate.
É também uma forma de conhecermos novos amigos, parceiros do mundo das artes de combate, que também anseiam por mostrar o seu trabalho e dá-lo a conhecer.
A todos eles deixo aqui os meus sinceros agradecimentos pela disponibilidade e paciência.
Relativamente à Kaizen, penso que está no bom caminho e, como observador "participante" acredito seriamente na sua evolução e desenvolvimento. Contra algumas marés negras lá vamos calcorreando o nosso caminho.

Fica a promessa de, na próxima época, voltarmos a treinar Kobudo para o qual não tenho tido tempo.

A todos os que só verei na próxima época desejo BOAS FÉRIAS!!!

Até Setembro...

terça-feira, 22 de junho de 2010

Kata Sanchin, Sam Chiem e Shan Zhan, executados por Morio Higaonna Sensei (goju ryu), Shinyu Gushi Sensei (pangainoon ryu), Chen sifu (garça branca) e Pan sifu (garça branca) no Budosai 2007 organizado por Terry Wingrove.

http://www.youtube.com/watch?v=Tu9aZ1dPk0o&feature=youtu.be&a


Vale a pena ver este vídeo. São curiosas as semelhanças entre as diferentes exibições comprovando as origens comuns.

domingo, 20 de junho de 2010

Homenagem a um grande karateka...

Durante o Fórum de Treinadores de Karaté alguém referiu o facto de não haver, por parte dos karatekas nacionais, o orgulho de mostrar imagens dos nossos karatekas que têm mostrado além fronteiras o seu (nosso) valor.
Dando o meu modesto contributo para colmatar essa falha, rendo aqui uma homenagem ao Nuno Moreira, o karateka "do norte" amigo e filho de amigo.
Embora "cá de baixo" tenho seguido com alguma atenção o percurso do Nuno e não posso deixar de manifestar a minha admiração por ele e por quem o treinou desde cedo. Ainda estávamos na APOGK já o Nuno mostrava resultados em competições de grande nível. Cedo se mostrou um karateka de excelência sem perder a humildade.
O seu pai, Sensei António Moreira amigo de longa data, tem motivos para se sentir orgulhoso porque, fruto do seu trabalho e dedicação fez sobressair um atleta de grande nível.
Outros grandes karatekas, como ele, são orgulho de todos nós mas se refiro aqui o Nuno é pela proximidade que temos. Somos da mesma "escola" Goju e conheço-o desde miúdo. Foi graças ao seu trabalho e dedicação que atingiu a projecção que atingiu. É conhecido internacionalmente (se calhar mais do que nacionalmente) tendo mostrado por várias vezes a excelência do karaté português.
Em nome de todos os karatekas que admiram e reconhecem o trabalho do Nuno, obrigado! Desejo-lhe uma carreira longa e produtiva porque todo o seu trabalho se irá reflectir em nós. Devemos estar orgulhosos pela imagem que ele transmite do karaté nacional.

Boa, Nuno! Keep up the good work!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Cooperação e respeito...

Infelizmente nem tudo o que se passa à nossa volta é bom... Tivemos um grande Estágio com dois excelentes instrutores (Senseis Kevin Nason e Keith Bishop) mas a "comunidade" da GKI não respondeu à chamada. Por vária razões a participação neste Estágio foi pequena, tendo em conta a qualidade que se antevia.
Falando com alguns Instrutores foi por eles apontado algum desinteresse por parte dos seus alunos em participar nos Estágios. É pena que não exista, em alguns karatekas, o hábito de participar em eventos deste e de outro tipo. Quem pensa que é suficiente o que se aprende nas aulas, está errado. Numa altura em que se apela à formação de forma contínua é um contra senso haver pessoas que não investem intensamente na sua própria formação.
Houve instrutores que não puderam participar no Estagio por terem já outros compromissos e houve também quem não informasse os alunos da sua realização. Este ultimo caso nem vou sequer comentar porque não tem comentário. O que é importante é que se perceba a importância de participar em Estágios e outros eventos. Diferentes abordagens e conceitos, diferentes parceiros de treino (o intercâmbio técnico entre diferentes Dojos é muito importante) e diferentes ambientes são alguns dos benefícios do treino "fora de portas".
Existe uma grande necessidade de expandir o karate, pelas suas grandes virtudes e componentes. O Karaté é uma instituição. É uma arte viva que, para respirar, precisa de novos horizontes e novas abordagens. Isto só se consegue com a partilha e o convívio entre os seus praticantes. Já lá vai o tempo em que cada um se fechava no seu Dojo (embora ainda haja infelizmente quem o faça).
Durante toda a minha vida de karateka participei em muitos eventos, de vários tipos, e de todos guardei alguma coisa. Tem sido dispendioso em termos de tempo e dinheiro mas se me perguntarem se valeu a pena, asseguro-lhes que sim. Gastei muito dinheiro numa viagem ao Japão para treinar durante uma semana. Se me perguntarem o que aprendi de novo enquanto lá estive, dir-lhes-ei que nada! Treinei com vários instrutores (da IOGKF) aquilo que treinava no meu Dojo. Se valeu a pena, claro que sim. Apesar de não ter acrescentado novas técnicas ás que já conhecia, aperfeiçoei-as segundo as diferentes concepções dos diferentes Instrutores. E treinei com gente de todo o mundo. E conheci novas culturas que apenas conhecia virtualmente. E reencontrei amigos num ambiente diferente. E integrei a comitiva portuguesa no Oriente que já por si é motivo de orgulho. Fiz Estágios de Shito-Ryu de Shotokan e outros Estilos. Fiz treinos de Kobudo, Judo, Krav Maga, Jiu-Jitsu e Jogo-do-Pau entre outros. Se custou dinheiro e tempo?Claro que sim! Se valeu a pena? Claramente que sim! E estou disposto a fazer muitos mais. Seja do que for, porque não? Vou prejudicar o meu treino de karaté treinando outras disciplinas? É óbvio que não! Pelo contrário... acrescento ao meu "arsenal técnico" novas situações de combate, novas posturas, novos passos. É isto bom? Não... é excelente! Sempre que há a possibilidade de participar em aulas de outras artes e disciplinas não só participo como recomendo e incentivo os meus alunos a participar. E eles participam! Não tenho o direito de os privar de aprender com outras pessoas porque é imoral da minha parte fazê-lo.
Fiquei triste com a pouca participação no Estágio. É imperativo que todos se apercebam da necessidade de apoiar a Kaizen (e a GKI) no trabalho que estão a fazer. A direcção fez um grande esforço logístico e financeiro para trazer a Portugal dois excelentes instrutores e proporcionar aos seus associados a possibilidade de treinar com eles sem terem de se preocupar com despesas de viagem, alojamento e alimentação no estrangeiro mas mesmo assim, não foi correspondida. Como é do vosso conhecimento não pertenço à direcção da Kaizen portanto o que aqui digo é o que sinto enquanto instrutor e praticante e apenas isso. Tenho pena que não tenha sido aproveitado a 100% o esforço feito pela Kaizen. Resta-me apenas isto - apelar ao maior empenho por parte dos Karatekas e instrutores da Kaizen (onde me incluo, obviamente). Somos nós que desenhamos o nosso caminho, dos outros só podemos esperar ajuda mas é nossa obrigação apoiá-los.
Isto é uma reflexão não é uma crítica.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

A carreira do treinador de Karaté

Realizou-se ontem o Fórum de Treinadores de Karaté, organizado pela FNK-P. Este evento teve lugar no Auditório do Centro da Alto Rendimento do Complexo Desportivo do Jamor, e foi orientado por vários oradores tais como: Dr. Abel Figueiredo, Dr. Filipe Pamplona, Dr. Joaquim Gonçalves, Dr. Mário Moreira, Engº Gonçalo Esteves entre outros.
O tópico principal deste Fórum foi a nova lei que promove grandes alterações na carreira do Treinador de Karaté. Apostando na formação contínua e na credenciação dos treinadores, esta lei traz, para uma grande maioria (onde me incluo) alguns problemas. O acesso á Cédula de Treinador que será emitida pelo IDP, será feito baseado numa série de requisitos que obrigará a alguma adaptação por parte das entidades bem como dos próprios treinadores. Assim, o sistema que até agora tem estado em vigor é o da FNK-P que era composto por 4 categorias (ou níveis) sendo eles:

Treinador Monitor
Treinador Nível I
Treinador Nível II
Treinador Nível III

O novo modelo, agora a cargo do IDP, passará a ser:

Treinador de Grau I
Treinador de Grau II
Treinador de Grau III
Treinador de Grau IV

A autonomia de treino num centro de prática estava apenas concedida a partir de Treinador Nível I, sendo que o Treinador Monitor apenas poderia assistir os treinos sob a supervisão do T. Nível I, II ou III.

Vai ser necessária a equiparação dos Cursos da FNK-P à nova designação do Treinador. A Cédula de Treinador terá a validade de 5 anos só podendo ser concedida a sua revalidação após o comprovativo da frequência com um determinado número de horas, em Acções de Formação que darão creditação.

Colocam-se aqui alguns problemas. Sou um adepto fervoroso da formação e da valorização técnico.profissional e não me causa qualquer constrangimento ter de me sujeitar a elas. O problema prende-se com o tempo necessário para as fazer. Dou aulas em regime semi-profissional, ou seja, tenho uma profissão primária e principal da qual não posso abdicar a favor de karaté porque representa o meu meio real de subsistência. Todo o meu tempo livre está ocupado com a gestão e condução das aulas e das várias classes - a ter de acumular créditos para a revalidação da carteira isso irá implicar mais tempo que não sei se terei. Como tenho 5 anos para me preocupar com isso, espero conseguir cumprir este requisito.

A preocupação real neste momento é a da falta de credenciação por parte de uma grande parte dos Treinadores e que não vai ser fácil. Muitos dos actuais treinadores em funções nem sequer detém o Nível I o coloca alguns entraves à sua continuidade. Não sei qual vai ser o futuro e se estas alterações irão ter repercussões no futuro de muitos Dojos que estão a laborar, mas acredito que sim.

Clarearam-se algumas dúvidas mas muitas outras subsistem - espero que se faça luz sobre o assunto mas também que haja bom senso. Se por um lado se deve apostar na formação académica aliada à formação específica do Karaté, a meu ver deve ser levado em linha de conta o currículo vasto e construído na base da experiência no terreno da grande maioria dos actuais Treinadores.

Bom senso e respeito pelo trabalho que todos temos estado a desenvolver - afinal temos todos o mesmo objectivo - Treinar karatekas... respeitem isso.


terça-feira, 8 de junho de 2010







Demonstração da Kaizen em Campeonato de Jiu-Jitsu brasileiro


No passado Domingo tivemos a oportunidade de fazer uma demonstração de Karaté Goju-Ryu durante uma competição de Jiu-Jitsu Brasileiro.
O Mestre Leonardo, que esteve no Real a dar-nos um "cheirinho" de Jiu-Jitsu, convidou-nos para fazer uma demonstração no início de um campeonato da sua arte a ter lugar na Brandoa. Tivemos assim a oportunidade de mostrar as "virtudes" do nosso estilo. Embora combinado em cima da hora, o "esquema" correu bem.
Desde Ude Tanden a Sanchin com Shime passando pela execução de Shisochin e bunkai, terminando com defesa pessoal e kata avançado (Seipai e Sesan), oferecemos aos olhos dos assistentes uma visão do treino de Goju-Ryu.
Foi muito agradável e os aplausos que recebemos souberam bem.
Agradecemos em nome da Kaizen ao Mestre Leonardo o convite que nos fez. Realço aqui uma amizade que nasceu do convívio com os homens do Jiu Jitsu na sua passagem pelo Real que é doi agrado de todos. É de partilhas assim que nasce o conhecimento, e a amizade.

Demonstração da Kaizen em

quinta-feira, 3 de junho de 2010

O "bichinho" que teima em não morrer...



É comum haver um número elevado de alunos que se "perdem" - desistem - pura e simplesmente. Sem dizer "água vai", deixamos de os ver. A alguns conseguimos antecipar a impaciência para treinar uma disciplina que se baseia na repetição. A ânsia de aprender todos os dias coisas novas não os deixa perceber que, mais do que aprender novas técnicas há a necessidade de consolidar as que já aprendemos.
Nos jovens isto é muito comum - a oferta é diversificada e apelativa - não conseguem deter-se muito tempo numa actividade e necessitam de passar rapidamente a outra. Nós Instrutores conseguimos, em alguns casos, antecipar a saída de um aluno. Começa a tornar-se pouco assíduo e, quando vai aos treinos mostra-se pouco interessado a pouco participativo. Como começa a ser pouco assíduo, começa a ser ultrapassado tecnicamente por aqueles que raramente faltam e a frustração junta-se aos desânimo, contribuindo para a desistência. Muitas vezes ficam melindrados pelo facto de verem colegas seus subirem nas graduações (porque treinam assiduamente e, consequentemente progridem) e julgam-se injustiçados por não serem propostos a exame. Não levam em conta a rapidez com que se perde técnica não treinando.
Outra razão são os estudos que obrigam o aluno a faltar aos treinos para se preparar para os exames. É uma escolha correcta - os estudos são prioritários e negligenciá-los é pôr em risco o futuro. Eu sou o primeiro a concordar com isso. O que é facto é que, voltar a treinar depois de uma interrupção longa é difícil - criaram-se novas rotinas e quebrá-las é sempre complicado. De vez em quando temos a grata surpresa de ver entrar no Dojo um aluno que já não víamos há muito tempo, com intenções de voltar a treinar e é muito gratificante ver que ainda nutre alguma paixão pela arte. Normalmente isto acontece passados alguns anos o que me leva a crer que a maturidade adquirida teve influência directa nesta decisão.
Foi com muita satisfação que propus a exame um aluno que, se não tivesse interrompido por alguns anos os treinos, seria provavelmente o meu instrutor - Sensei Jorge Peixoto. Foi com imensa satisfação que o vi atingir há dias, a graduação de Yondan (4º Dan). Antes de Instrutor e aluno, somos primeiramente amigos - de longa data - e é uma amizade de muitos anos consolidada com experiências passadas em conjunto e troca de ideias. Tenho o privilégio de poder contar com a sua ajuda não raras vezes, na condução dos treinos.
Durante estes exames tive também uma agradável surpresa: O regresso aos treinos de um amigo e companheiro de treino do final dos anos oitenta - O Nelson Gomes. O Nelson, que está a treinar no Hoshindo tendo como instrutor o Sensei Rui Catarrinha, voltou a treinar e foi, nestes exames, promovido a Shodan (1º Dan).
Um pouco mais atrás mas também recentemente, assistimos ao regresso do Filipe Pamplona que também regressou ao fim de muitos anos de ausência e que treina agora no Clube Atlético de Queluz com o Sensei Álvaro Silva, sendo também membro da direcção da AKDK. O Filipe foi um dos colegas com quem treinei na década de 80 e que era já graduado (cinto verde) quando comecei.
É muito bom ver que, afinal, o bichinho teima em não morrer - o Karaté interioriza-se de tal forma que, embora adormecendo por algum tempo, mais tarde emerge e intensifica-se. É bom rever estes amigos e saber que juntaram a nós na paixão que nos "agarra" ao Goju-Ryu.

HOSHIN-DO PORTUGAL

HOSHIN-DO PORTUGAL
CLUBE DE KARATÉ E DEFESA PESSOAL

HOSHINDO PORTUGAL

O Hoshin-Do Portugal - Clube de Karaté e Defesa Pessoal, foi criado com a finalidade de promover a prática do Karaté Goju-Ryu e da sua vertente de Defesa Pessoal.
Tem a sua sede na
Rua do Amor Perfeito, Nº 23 - 2745-717 Massamá
Os seus Instrutores são:

José Ramalho - 4º Dan
Nuno Santos - 4º Dan
Rui Catarrinha - 3º Dan
Joana Perdiz - 2º Dan